Mudanças na Lei Rouanet dividem profissionais do setor

Matéria de O Globo

O ministro da cidadania Osmar Terra anunciou que nesta quarta-feira a Lei de Incentivo à Cultura deve ser atualizada. Profissionais do setor tentam prever quais áreas devem ser mais impactadas.

O ministro da cidadania Osmar Terra informou que haverá alterações na Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). Segundo O Globo, através de um vídeo, o ministro adiantou que o limite de captação passará de R$60 milhões para apenas R$1 milhão por projeto.

Deve haver ainda um aumento da cota de ingressos gratuitos, de 10% para 20% a 40% do total.

Profissionais do setor tentaram prever quais áreas deverão ser beneficiadas ou prejudicadas com as mudanças na lei.

De acordo com O globo, no ano passado de 5.831 projetos aprovados, só 155 captaram mais do que R$ 1 milhão. Musicais, grandes exposições, museus e centros culturais costumam captar os valores mais altos com a lei.

Henilton Menezes, ex-secretário de Fomento e Incentivo à Cultura (Sefic) do antigo MinC e autor do livro “A Lei Rouanet muito além dos (f)atos”, prevê que o valor acertado para museus e centros culturais devem passar do limite de R$1 milhão, entretanto esta pode ser o fim da era dos musicais e das grandes amostras de arte:

“Com essa lógica, nunca mais teremos exposições de grande porte que atraem multidões, em geral com entradas gratuitas. As produções de grandes musicais também serão inviabilizadas. Eles ocupam um papel importante na formação de novos profissionais”, disse Menezes ao O Globo.

Para Luciana Pegorer, organizadora da conferência Music Trends Brasil, a mudança nos valores dará oportunidade para a contemplação de mais projetos:

“Como produtora, trabalhei muito com a Rouanet no início da carreira. Desisti de usá-la a partir do momento em que grandes artistas e eventos como o Cirque du Soleil começaram a fazer uso da lei pra garantir patrocínio. Isso viciou as empresas, que, como tinham opção de ter produtos de maior visibilidade, destinavam a verba toda para esses projetos”, afirmou Luciana.

No que diz respeito a gratuidade dos ingressos, Lu Araújo, produtora do festival Mimo, disse que o aumento para 40% deve afetar os produtores menores: “O que sobra é muito pouco para viabilizar as produções”.

A produtora Paula Lavigne afirmou que as mudanças deveriam estar focadas no destino da renúncia fiscal, definido pelas próprias empresas que patrocinam os projetos.

“A partir do momento em que a base da Rouanet é o retorno de marketing, ela está falando de mercado. O artista pequeno da Paraíba não vai ter dinheiro da Credicard, por exemplo. O problema está na origem”, disse Paula acrescentando que os investimentos devem ficar em torno do Rio e São Paulo.

 

Foto: Beto Figueroa/Divulgação

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Para conquistar novos fãs, Madonna aposta no mercado latino

Matéria de EL PAÍS

Seguindo tendência de crescimento do mercado latino, Madonna realiza parceria com Maluma e Anitta para conquistar novos públicos.

Nesta quarta-feira, Madonna lançou o primeiro single de seu novo álbum, Madame X. Em parceria com o artista colombiano Maluma, Medellín é uma aposta para conquistar o mercado latino que cresceu 16,8%, em 2018.

Madonna é uma artista que sempre se reinventa e busca estar atualizada com o que é tendência no mercado da música. Nos últimos anos, tem realizado parcerias com artistas como Justin Timberlake (em 4 Minutes) e Nicki Minaj (em Give Me All Your Luvin’ e Bitch I’m Madonna).

Desta vez, a maior artista pop do mundo quer conquistar novos fãs apostando no mercado latino de música que em 2018 foi líder em expansão, graças aos serviços de streaming, de acordo com o último relatório da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, sigla em inglês).

Para chegar ao novo público das redes sociais, Madonna escolheu Maluma. Afinal, o colombiano possui 40,7 milhões de seguidores no Instagram. Além do artista, está confirmado que a cantora brasileira Anitta está marcando presença no álbum com um funk. De acordo com o El País, sua contagem no Instagram é de 37 milhões de seguidores.

Madame X será o 14º disco de estúdio da carreira de Madonna e será lançado em junho deste ano.

 

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Universal Music fatura 10M por dia com streaming no início de 2019

Com o streaming representando 61% das receitas totais de música, a maior gravadora da indústria fonográfica arrecadou US$1,7 bilhão, só no primeiro trimestre deste ano. A Cantora pop Ariana Grande, a premiada trilha do filme A Star is Born e a cantora Billie Eilish (foto) foram destaques nas vendas.

A Universal Music publicou seus resultados financeiros para o primeiro trimestre de 2019. Com crescimento de 18.8%, sua receita total chegou a marca de US$1,7 bilhão.

A música gravada movimentou €1,808 bilhão (US$1,37 bilhão) para a Universal Music nos três primeiros meses de 2019 – um aumento de 19,2% ano a ano, em moeda constante.

Cerca de €737 milhões (US$837 milhões) desse dinheiro foram gerados através dos serviços de streaming, ou seja, os selos da gravadora acumulam cerca de US$9,3 milhões por dia em plataformas como Spotify, Apple Music, Amazon Music e YouTube. Assim, o streaming representou 61% das receitas totais de música da gravadora no trimestre.

As vendas físicas da Universal Music também apresentaram um crescimento de 20,8% no primeiro trimestre, chegando a €193 mi (US$219 mi).

Os artistas mais rentáveis para a gravadora neste trimestre foram a cantora pop Ariana Grande, a trilha sonora do filme de Bradley Cooper e Lady Gaga, A Star Is Born, a banda de rock japonês Back Number, a banda Queen e a cantora Billie Eilish (foto).

Com relação a Universal Music Publishing Group, editora de música, entregou €225 milhões (US$256 milhões) no trimestre, um aumento de 4,7% em relação ao ano anterior.

Todas as receitas da Universal Music significaram 43,4% das vendas totais do conglomerado francês Vivendi, que chegou a marca de €3,459 bilhões no primeiro trimestre.

Vale lembrar que a Vivendi está a procura de um comprador de até 50% da Universal Music. De acordo com o portal Music Business Worldwide, nomes como Alibaba, Tencent, Disney, Verizon, Apple, Google e Amazon podem ser possíveis candidatos.

 

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Foto: a cantora Billie Eilish – MBW

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Após notícia de um novo serviço de streaming de músicas gratuito da Amazon, ações do Spotify caem

As ações do Spotify caíram após a notícia da chegada de um novo serviço gratuito da Amazon.

Após reportagem afirmar que a Amazon lançará um serviço de streaming gratuito, com anúncios, as ações do Spotify chegaram a recuar mais de 4% nesta segunda-feira.

De acordo com a Época Negócios, o anúncio de um serviço de streaming gratuito deve intensificar a concorrência para o Spotify, atual líder do setor.

A Billboard publicou hoje (15/04), uma notícia afirmando que o serviço de streaming da Amazon será lançado ainda nesta semana e comercializado através de seu alto-falante, Echo, que possui comando de voz.

Atualmente a gigante do e-commerce oferece o Prime Music como parte do Amazon Prime, serviço de assinaturas de US$119 por ano.  Há ainda o Amazon Music Unlimited por US$9,99 ao mês. Membros Prime tem taxa reduzida de US$7,99 por mês.

 

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#CancelSpotify – será que o Spotify vai ouvir o apelo dos compositores no twitter?

Matéria de hypebot

#CancelSpotify – compositores fazem apelo no twitter para incentivar o Spotify a desistir de seu recurso contra o aumento do valor de royalties pagos a compositores em plataformas de streaming.

Tem aumentado o número de mensagens no Twitter com a #CancelSpotify – hashtag criada para incentivar o Spotify a desistir de seu recurso contra o aumento do valor de royalties pagos a compositores em plataformas de streaming.

A decisão do aumento de 44% nos valores de royalties pagos a compositores e editores em serviços de streaming foi tomada há dois meses, pelo Copyright Royalty Board (CRB). Em seguida, serviços de streaming como Spotify, Pandora e Amazon entraram com um recurso contra a decisão.  A notícia causou grande repercussão, ainda mais porque a Apple Music preferiu não entrar na causa.

“Sem músicas, essas empresas de tecnologia não têm nada para transmitir/vender. Vergonhoso.”, disse Justin Tranter, autor de canções de nomes como Ariana Grande, Fall Out Boy, Justin Bieber, 5 Seconds of Summer e Gwen Stefani.

Segundo Digital Music News, Dina LaPolt, advogada de entretenimento e defensora dos direitos dos artistas em Los Angeles, Califórnia chegou a ser mais direta: “Você deveriam ter vergonha de si mesmos.”

Nesta semana, um movimento no Twitter mostrou que o recurso contra a decisão do CRB continua não agradando os compositores. A hashtag #CancelSpotify foi usada por vários usuários na rede social para pedir ao Spotify a desistência do recurso.

@MannyDMedina: ” Oficialmente cancelei minha assinatura no @Spotify por causa de seu tratamento repugnante aos compositores e adicionei @AppleMusic #cancelspotify”, escreveu um perfil no Twitter.

Vale lembrar que grandes compositores como Ali Tamposi, Babyface e Nile Rodgers assinaram uma carta aberta ao CEO do Spotify, Daniel EK, para que o recurso seja desfeito:

“Agora, podemos ver a verdadeira razão para o alcance do seu compositor. Você nos usou e tentou nos dividir, mas estamos juntos”, afirmou os autores em trecho da carta.

Será que o serviço de streaming irá ouvir os compositores? Vamos acompanhar a decisão do CRB.

 

Foto: twitter/hypebot

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10 tendências que irão remodelar a indústria da música

O Streaming vai “engolir” o rádio? Busca por outro formato? Ajustes nos valores de assinatura? Veja dez tendências do Music Business a partir do “Global Music Report 2019” da IFPI.

O Music Industry Blog, de Mark Mulligan, trouxe uma análise revelando dez tendências do Music Business a partir do “Global Music Report 2019” – relatório sobre o mercado da música no ano passado, elaborado pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, sigla em ingles).

  1. O Streaming vai “engolir” o rádio: para Mullingan, o público mais jovem está deixando de ouvir rádio e migrando para o streaming: “Apenas 39% das pessoas de 16 a 19 anos ouvem rádio de música, enquanto 56% usam o YouTube para música”, informou o blog. Os podcasts também estão cada vez se tornando mais populares e são uma grande aposta entre as tendências.
  2. Ajustes nos valores de assinatura: Assim como a Netflix conseguiu ajustar os valores de seus planos de assinaturas conforme a inflação oferecendo conteúdos exclusivos, os serviços de streaming devem descobrir uma maneira que agrade os usuários e estabeleça um equilíbrio com a inflação.
  3. Pressão de catálogo: Mulligan contou que está havendo uma mudança nos valores de catálogo. Uma vez que “na era do streaming, as Spice Girls valem mais do que os Beatles“, uma nova abordagem de longo prazo é necessária para a avaliação de catálogos.
  4. Labels as a service (LAAS): Com a ajuda de serviços como Amuse, Splice, Instrumental e CDBaby, artistas estão se tornando cada vez mais independentes criando uma demanda de novos serviços. “Um próximo passo é um terceiro parceiro agregar uma seleção desses serviços em uma única plataforma (uma abertura para o Spotify?)”. O selos precisam estar à frente dessa tendência, comunicando melhor as habilidades técnicas com os recursos que eles trazem para a equação, por exemplo, pessoal dedicado, mentoring e suporte de artista e repertório (A+R).
  5. Interrupção da cadeia de valor: o LAAS é apenas uma das tendências de interrupção da cadeia de valor. Com várias partes tentando expandir suas funções, desde serviços de streaming assinando artistas até selos lançando serviços de streaming, “as coisas só vão ficar mais confusas, com praticamente todo mundo se tornando um inimigo do outro”, afirmou o blog.
  6. Música como agrupamento tecnológico: a música vai se tornar apenas uma parte das ofertas de conteúdo das grandes empresas de tecnologia, como Apple e Amazon, tendo que lutar por sua supremacia, especialmente no mundo ultra-competitivo da economia da atenção.
  7. Cultura global: A música latina está sendo impulsionada com a ajuda de serviços de streaming como o Youtube. O que pode parecer uma tendência global, pode ser na verdade o reflexo do tamanho de uma base de fãs regional. “A velha indústria da música de artistas que falavam inglês como superstars globais”, afirmou Mulligan. Por exemplo: a ascensão de rappers indígenas na Alemanha, França e Holanda ilustra que o streaming permite que movimentos culturais locais roubem o sucesso de artistas globais.
  8. Criatividade pós-álbum: Há meia década, a maioria dos novos artistas ainda queriam fazer álbuns. Entretanto, agora o interesse está voltado no lançamento constante de músicas com o intuito de manter suas bases de fãs engajadas. O álbum ainda é importante para artistas consagrados, mas diminuirá com as próximas geração de músicos.
  9. Economia pós-álbum: as gravadoras deverão descobrir uma nova maneira de como gerar margem com uma receita mais fragmentada, apesar de ter que investir quantias semelhantes em marketing e construir perfis de artistas.
  10. A busca por outro formato: em 1999, o negócio da música gravada estava em expansão, com um formato de sucesso estabelecido sem um sucessor. Agora, parece que o streaming está na mesma posição. Apesar da China, não há muitas mudanças em termos de experiência com a música digital na última década: “Uma direção potencial é a música social”, já que o “streaming monetizou o consumo, agora precisamos monetizar o fandom”, afirmou o Music Industry Blog.

Foto: Midia Research

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5 pontos mais importantes do Global Music Report 2019

Frances Moore, Chefe Executida da IFPI, revelou cinco pontos mais importantes do novo relatório “Global Music” sobre o desempenho da indústria fonográfica no mundo.

A Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, sigla em inglês) publicou seu relatório anual, o “Global Music Report”, sobre o desempenho da indústria fonográfica no mundo. A Chefe Executida da IFPI, Frances Moore, revelou ao portal Music Business Worldwide, cinco pontos no relatório em que ela considerou mais importantes para ficar de olho.

 

  1. CRESCIMENTO DAS RECEITAS DE MÚSICAS CONDUZIDAS PELAS ASSINATURAS DE STREAMING:

O Global Music Report revelou que em 2018, o mercado global de música gravada cresceu 9,7% com receita de US$19,1 bilhões. O principal impulsionador para este crescimento é o streaming. Suas receitas cresceram 34% em 2018, representando quase metade (47%) do total de receitas de música gravada. No final do ano passado, haviam 255 milhões de usuários de contas de assinaturas pagas no mundo todo.

  1. UMA INDÚSTRIA DE MÚSICA GLOBAL

A China, estreante no Top 10 mundial no ano passado, agora está como o sétimo maior mercado. A Coréia do Sul, no sexto lugar, viu uma das maiores taxas de crescimento (17,9%) e o Brasil ficou na décima posição (15,4%).

Os artistas desses mercados estão aproveitando as oportunidades para chegar a um público global, trabalhando em parceria com gravadoras e compreendendo as diferentes paisagens musicais.

  1. MERCADOS DE ALTO POTENCIAL

Segundo Moore, um dos aspectos mais empolgantes no relatório deste ano são as regiões responsáveis ​​por impulsionar o crescimento, como Ásia e a Australásia (11,7%). Pelo quarto ano consecutivo, a América Latina registrou a maior taxa de crescimento global (+16,8%).

Recorde de investimentos, parcerias locais e aumento da disponibilidade de dados móveis abriram esses mercados, tornando-os cada vez mais conectados e cada vez mais digitais. No entanto, ainda há desafios a serem enfrentados, já que o consumo de música, particularmente o consumo legítimo e monetarizado é menor em comparação com outros territórios mais desenvolvidos.

“Portanto, é vital que a indústria continue a estabelecer as bases certas para apoiar seu desenvolvimento sustentável e de longo prazo – e garantir que seu potencial seja realizado para o benefício de todos”, afirmou Moore para o Music Business Worldwide.

  1. MAIOR INVESTIMENTO DAS GRAVADORES EM ARTISTAS, PESSOAS E EMPRESAS

Foi possível ver como gravadoras têm aumentado o investimento no lançamento de novos artistas, profissionais e presença global. As gravadoras estão investindo mais de um terço de suas receitas globais, ou US$5,8 bilhões, em Artists & Repertoire (A&R) e marketing.

  1. VALORIZAÇÃO DA MÚSICA

A medida que o mercado cresce, é imperativo que o direito autoral seja reconhecido e respeitado, e que a música seja desfrutada de forma justa. Nota-se que a indústria vem trabalhado para a resolução da lacuna de valor, estabelecendo condições equitativas para negociar acordos mais justos para aqueles que criam música. “Acima de tudo, devemos garantir que a música continue nesta jornada emocionante”, disse Moore.

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Pró-Música esclarece o crescimento do mercado fonográfico brasileiro acima da média mundial.

Matéria de O Globo

Em entrevista para O Globo, o presidente da Pró-Música Paulo Rosa esclareceu alguns pontos do relatório da IFPI sobre o mercado fonográfico em 2018. Para ele, o Brasil está longe de alcançar a maturidade de crescimento de mercado.

Na terça-feira (02/4) a IFPI (sigla em ingles) – Federação Internacional da Indústria Fonográfica – e a Pro-Música – entidade que reúne as maiores gravadoras brasileiras – publicaram seus relatórios sobre os dados da indústria da música em2018.

O Brasil apresentou crescimento de 14,4% no mercado musical, acima da média de outros países de 9,7%. De acordo com O Globo, o bom desempenho foi impulsionado pelos serviços de streaming como Spotify e Youtube, que cresceram 46% em relação a 2017 e registraram um aumento de 34% no mundo.

No total, o faturamento da indústria fonográfica foi de US$19,1 bilhões, sendo o mercado correspondendo a US$298,8 milhões desse montante.

Em entrevista para o portal O Globo, Paulo Rosa, presidente da Pró-Musica, esclareceu alguns pontos do relatório.

Com relação as razões que influenciaram o crescimento do mercado fonográfico no Brasil, Rosa explicou que o mercado digital demorou a chegar no país, e por isso, o Brasil está registrando um crescimento já apresentado em outros mercados há anos. Um movimento que deve continuar, já que a população brasileira é de 209 milhões de pessoas e 128 milhões estão conectadas. Para ele, o país está longe de alcançar a maturidade de crescimento de mercado, já que é estimado que apenas 10 milhões de pessoas assinam os serviços de streaming de música.

Enquanto o mercado físico (CDs e DVDs) caiu 10% no mundo, houve crescimento significativo em países como Japão (2,3%), Coreia do Sul (28,8%) e Índia (21,2%). Rosa explicou o movimento:

“A Índia é difícil de explicar, porque é um mercado muito novo para a indústria ocidental. Já Coreia e Japão combinam características culturais e a existência de uma rede de varejo que atenda a essa demanda, lojas que não existem mais dessa forma e nesse volume em outros países. Com isso, eles acabam tendo uma presença do físico até maior do que países onde o tamanho desse setor ainda é considerável, como Estados Unidos e Inglaterra, mas o percentual digital é bem maior. O mercado físico no Japão é de 71%, por exemplo. A Alemanha teve esse percentual há dois anos, mas agora está com 35% — o país passa agora pelo processo de transição do físico para o digital, um momento que o Brasil atravessou há 5, 6 anos.”, explicou o presidente da Pró-Musica.

 

 

 

Foto: ED JONES / AFP

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Após compra da EMI, Universal é responsável por dívida com João Gilberto

O caso de João Gilberto e EMI ganhou uma atualização, agora a dívida da gravadora será transferida para a gravadora Universal Music. A disputa envolve o pagamento de R$172,7 milhões por violação de direitos autorais e royalties de 1964 a 2014.

De acordo como portal ConJur, A Universal Music deve ser a responsável pela dívida da EMI com o cantor e compositor João Gilberto.

A decisão foi tomada na terça-feira passada (26/03), pela 9ª Câmara do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, baseada na informação de que a EMI foi incorporada pela Universal Music. A disputa envolve o pagamento de R$172,7 milhões por violação de direitos autorais e royalties de 1964 a 2014.

“Resta evidente pelo acervo documental que a empresa EMI Records Brasil Ltda. foi incorporada pelo grupo econômico denominado Grupo Universal Music, com esvaziamento patrimonial. Tudo demonstra que a EMI só existe na forma, e que apenas não extinta, por falta de declaração da incorporadora. Mas, de fato, e diante do conjunto de indícios, cenário conclusivo de uma dissolução anormal, com nítido propósito de frustrar a tutela satisfativa”, apontou a decisão final relatada pelo desembargador Adolpho Andrade Mello.

Segundo o portal, em 1987, a EMI lançou sem autorização de João Gilberto, uma coletânea com os três primeiros LPs de João: “Chega de Saudade”, “O Amor, o Sorriso e a Flor”, “João Gilberto”. O cantor e compositor também alegou que haviam alterações na sonoridade e ordem das faixas.

Com a disputa, que se iniciou na década de 1990, os discos que marcaram a história da MPB não podem ser encontrados a venda.

 

Foto: Marlene Bergamo/Folhapress

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RIAA: Streaming gera 93% das receitas de música latina

Matéria de Billboard

Em novo relatório da RIAA, Recording Industry Association of America, o streaming agora representa 93% da receita total de música latina nos EUA.

Em novo relatório da RIAA, da Recording Industry Association of America, o streaming agora representa 93% da receita total de música latina nos EUA.

Segundo o novo relatório, as receitas de música latina nos Estados Unidos cresceram 18% em 2018, representando US$413 milhões. É o segundo ano consecutivo de crescimento de dois dígitos no mercado latino-americano de música.

No relatório, a RIAA informa que está havendo uma transformação da música latina impulsionada pelo streaming. As assinaturas latinas nos EUA representam 58% do total.

As assinaturas pagas para serviços como a Apple Music e Spotify Premium cresceram 48% ano a ano (US$239 milhões). As receitas de serviços suportados por anúncios sob demanda (YouTube, Vevo ) cresceram 34% (US$91 milhões).

O relatório informou que artistas como J Balvin, Daddy Yankee, Karol G e Ozuna estão contribuindo para o crescimento digital da música latina.

A música latina agora representa 4,2% do total de US$9,8 bilhões nos negócios de música dos EUA. Vale lembrar que a RIAA adicionou estimativas de gravadoras e distribuídas latinas indies.

As vendas de downloads digitais caíram 23% (US$20 milhões). A receitas de formatos físicos totalizaram US$6 milhões, uma queda de 63% em relação a 2017. Combinadas, elas representavam apenas 6% das receitas de música latina dos EUA, seu nível mais baixo até hoje.

“No geral, o mercado de música latina está mostrando sinais de força novamente”, concluiu o relatório”.

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