Nova ferramenta da plataforma visa identificar conteúdo ilegal e fazer sistema de remuneração diferente para artistas reais.
Deezer lança ferramenta de detecção de músicas geradas por inteligência artificial

Nova ferramenta da plataforma visa identificar conteúdo ilegal e fazer sistema de remuneração diferente para artistas reais.
Apesar do aumento de 22% nos usuários ativos, analistas apontam que rentabilidade do setor de podcasts ainda é incerta para o Spotify.
Em uma decisão surpreendente, o grupo sueco Spotify, líder global em streaming de áudio, anunciou nesta segunda-feira (5) a demissão de 200 funcionários que desempenhavam funções relacionadas aos podcasts. Essa medida ocorre em menos de seis meses após um corte inicial de 600 empregos, demonstrando uma nova fase na estratégia da empresa.
De acordo com a Folha de S. Paulo, por meio de um comunicado oficial, a plataforma de streaming esclareceu que a demissão faz parte de uma reestruturação em andamento na “estratégia podcast”, após ter realizado grandes investimentos nesse segmento nos últimos anos. O Spotify, que historicamente lidera o mercado de streaming de música, apostou milhões de dólares no serviço de podcast, buscando se consolidar como a principal plataforma mundial.
No entanto, embora a plataforma tenha obtido sucesso em conquistar uma ampla base de usuários e tenha registrado um aumento de 22% no número de usuários ativos no primeiro trimestre, a rentabilidade do setor de podcasts ainda não foi comprovada, conforme observam analistas do mercado.
Apesar das demissões, o mercado reagiu de forma positiva à notícia. Por volta das 14h30 GMT em Wall Street (11h30 no horário de Brasília), as ações do Spotify apresentaram uma alta de 2,70%, chegando a US$ 115,83 (R$ 570).
Foto: Dado Ruvic/Reuters
Debate proposto pela deputada Lídice da Mata (PSB-BA busca assegurar o pagamento de direitos autorais a músicos acompanhantes e arranjadores.
Na próxima terça-feira (6), a Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados realizará uma audiência pública para debater a necessidade de atualizações na Lei de Direito Autoral. O debate foi proposto pela deputada Lídice da Mata (PSB-BA), relatora do Projeto de Lei 5542/20, que busca assegurar o pagamento de direitos autorais a músicos acompanhantes e arranjadores.
De acordo com a Agência Câmara de Notícias, a deputada alega que muitos músicos não recebem o direito conexo e não estão registrados no cadastro utilizado pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD), seja por falta de conhecimento ou por negligência. Diante dessa situação, a proposta tem como objetivo garantir uma remuneração justa para esses profissionais da música.
Diversas entidades e representantes do setor foram convidados para participar do debate, incluindo o Coletivo Brasil de Comunicação Social – Intervozes, a União Brasileira de Compositores (UBC), a Associação Brasileira de Direito Autoral (ABDA), a Associação Brasileira de Música e Artes (Abramus), a Associação Brasileira de Propriedade Intelectual (ABPI), o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD), a Associação de Produtores de Cinema da Bahia (APC) e a Ordem do Advogado do Brasil (OAB Nacional). A reunião está marcada para as 9h30, no plenário 10.
Relatório também indicou que 10,08 milhões de novas faixas foram disponibilizadas em serviços de streaming apenas no primeiro trimestre de 2023
Em seu mais recente relatório trimestral, o Luminate, antigo MRC Data e Nielsen Music, identificou que uma média de 120.000 ISRCs (International Standard Recording Codes) são adicionados por dia em plataformas de streaming.
De acordo com análise do Music Business Worldwide, isso quer dizer que um total de 10,08 milhões de novas faixas foram disponibilizadas em serviços de streaming apenas no primeiro trimestre de 2023.
Essa média diária de uploads de novas faixas representa um salto significativo em comparação ao ano anterior. Enquanto em 2022 a média diária foi de 93.400 faixas, o primeiro trimestre de 2023 registrou um aumento de 28%. O portal estima que se essa taxa de 120.000 faixas por dia se mantiver constante ao longo do ano, estima-se que mais de 43 milhões de novas faixas serão carregadas no Spotify e em outros serviços de streaming até o final de 2023.
O CEO da Luminate, Rob Jonas, apresentou os destaques do relatório durante o evento Music Biz, realizado em Nashville na semana passada. Segundo Jonas, esses números refletem o crescente interesse dos artistas e gravadoras em utilizar as plataformas de streaming como meio principal de lançamento de suas músicas, aproveitando o alcance global e as oportunidades de descoberta oferecidas por esses serviços.
Além disso, o relatório revelou que o volume de fluxos de áudio sob demanda em todo o mundo teve um crescimento de 23% no primeiro trimestre de 2023 em comparação ao mesmo período do ano anterior. Nos Estados Unidos, o aumento foi de 14,2%.
ABMI diz que Spotify é líder no streaming brasileiro e aponta perspectiva de expansão contínua de plataformas nos próximos anos.
Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Música Independente (ABMI) revelou que o número de assinantes de streaming de áudio no país superou a marca dos 20 milhões em 2022.
De acordo a análise feita pela UBC, o estudo apresentado previamente durante o Rio2C, em abril, revelou dados exclusivos obtidos por um serviço de monitoramento digital internacional. O relatório aponta para uma perspectiva de expansão contínua nos próximos anos, indicando o poder crescente dos serviços de streaming como uma forma popular de consumir música no Brasil.
Entre as plataformas de streaming, o Spotify continua liderando o mercado, ampliando sua participação no último ano. A gigante sueca alcançou quase 70% de participação, enquanto o Deezer e o YouTube Music registraram pequenas quedas percentuais nos últimos dois anos. Por outro lado, a Apple Music e a Amazon Music se mantêm estáveis em suas fatias de mercado.
No entanto, um dado preocupante revelado pela ABMI é a queda na participação da música independente no mercado, especialmente em 2021. Segundo a associação, a aquisição da Som Livre pela Sony teve um impacto significativo nesse resultado, pois as compras agressivas de catálogos acabam prejudicando o desempenho orgânico dos artistas independentes.
Carlos Mills, presidente da ABMI, destacou a importância da preservação do ecossistema independente da música. Ele ressaltou que os independentes são responsáveis pelo desenvolvimento de novos talentos e pela manutenção da diversidade musical, e, portanto, pediu a implementação de políticas públicas que impeçam a concentração excessiva no mercado musical.
Foto: reprodução_ABMI
Sony Music Br traz inovação ao mercado do entretenimento com o lançamento do Filtr Music, a primeira ferramenta de curadoria personalizada via WhatsApp
Filtr Brasil, a marca de conteúdo da Sony Music Brasil, acaba de lançar o Filtr Music, um canal de comunicação que permite aos fãs de música receberem conteúdo personalizado de acordo com seus gostos e necessidades através do WhatsApp.
A proposta do Filtr Music é oferecer uma experiência automatizada do público com o mercado da música. Esta é a primeira vez que uma ferramenta desse tipo é criada no mercado do entretenimento.
Para ter acesso aos conteúdos, como playlists, basta o usuário entrar no WhatsApp e enviar uma mensagem para o número (21) 99750-4658. A partir daí, algumas perguntas serão enviadas para que o usuário receba um conteúdo personalizado com base em suas preferências.
“A relação do público com a música tem se tornado cada vez mais interativa e personalizada nos últimos tempos. Nós compreendemos a necessidade de estarmos cada vez mais próximos do usuário e de toda a comunidade digital à qual ele pertence. O novo canal de comunicação do Filtr Music tem como objetivo suprir essa demanda, além de abrir ainda mais possibilidades para ações de marketing criativas junto aos nossos artistas e lançamentos”, comentou Cristiane Simões, VP de Marketing e Promoção da Sony Music Brasil, ao portal IG.
Para acessar o recurso, visite o seguinte link: https://api.whatsapp.com/send/?phone=5521997504658&text&type=phone_number&app_absent=0
Foto: divulgação
Relatório do Ecad revelou que foram cadastradas 18,5 milhões de obras musicais em 2022, abrangendo mais de 316 mil detentores de direitos contemplados pela distribuição.
Em seu relatório anual de gestão coletiva referente ao ano de 2022, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) divulgou Ecad arrecadou um total de R$1,3 bilhão, com um aumento de 28,3% em relação a 2021.
De acordo com a entidade, entre os segmentos que mais se destacaram com maiores crescimentos em valores arrecadados foram Shows e Eventos, com um crescimento de 309,5%, seguido por Cinema, 132,6%, e Usuários Gerais, que abrange restaurantes, hotéis, academias e outros estabelecimentos comerciais, com um crescimento de 30,7%.
Um dos destaques do relatório foi a TV, que se mostrou robusta mesmo em um período de aumento do consumo de streaming no audiovisual. O segmento foi responsável pela maior parte dos valores arrecadados em direitos autorais de execução pública, com uma participação total de 32,5%.
Logo em seguida, o segmento de Serviços Digitais, englobando Streaming de Áudio e Vídeo, conquistou a segunda posição, com 22,8% da participação na arrecadação. Esse segmento registrou um crescimento de 26% em relação ao ano anterior, alcançando um total de 2,1 trilhões de execuções identificadas em streaming em 2022.
Em relação à distribuição dos direitos autorais, o Ecad distribuiu um montante de R$1,2 bilhão, representando um aumento de 36,6% em comparação a 2021. Com a retomada do mercado, os segmentos de Shows (235%) e Música ao Vivo (108%) apresentaram um crescimento expressivo em relação a 2021.
O relatório revelou ainda que foram cadastradas 18,5 milhões de obras musicais em 2022, abrangendo mais de 316 mil compositores, intérpretes, músicos, editores e produtores fonográficos contemplados pelos direitos autorais distribuídos pelo Ecad.
Diante desses resultados, a superintendente executiva do Ecad, Isabel Amorim, ressaltou o empenho da gestão coletiva em negociar contratos com plataformas digitais e conscientizar sobre a importância de evitar a prática do buyout, na qual compositores renunciam a uma parcela importante de seus direitos e não recebem valores futuros pelas suas obras.
“O ano de 2022 teve resultados positivos pra quem vive da música, esperamos que 2023 seja melhor e vamos trabalhar pra isso”, disse Amorim.
Foto: divulgação
Após solicitação de Toninho Geraes e Universal Publishing, a versão feminista da música popularizada por Martinho da Vila pode ser removida das plataformas digitais.
A cantora Doralyce revelou em suas redes sociais que sua versão de “Mulheres”, originalmente interpretada por Martinho da Vila, pode ser retirada das plataformas de streaming a pedido do compositor original e a Universal Publishing.
Conforme noticiado pelo O Globo, a versão feminista, intitulada “Nós somos mulheres”, traz versos empoderados que enaltecem as mulheres de todas as cores, idades e amores, fazendo referências a figuras femininas icônicas como Dandara e Elza Soares.
Doralyce e Silvia Duffrayer, integrante do grupo Samba Que Elas Querem, são as autoras da letra e disseram que buscaram um acordo para que a música continuasse disponível nas plataformas, mas foram surpreendidas com a ordem de retirada nesta semana.
Em suas redes sociais, Doralyce afirmou que no ano passado a dupla havia aberto mão dos direitos de versionistas em favor de Toninho Geraes, autor da obra, permitindo que ele ficasse com 100% da arrecadação de sua versão.
Por sua vez, Toninho alegou que o acordo foi feito sem sua anuência e que não recebeu um pedido de autorização para a versão entrar nas plataformas digitais. Ele reconheceu o talento das autoras, mas ressaltou que os direitos do autor precisam ser avaliados:
“Eu vi essa versão no Samba Que Elas Querem, fiquei emocionado. Não tenho nada contra a música, nunca pedi que tirassem do YouTube, por exemplo. Só que existe o direito do autor, que não pode ser atropelado”.
Prestes a lançar um novo disco, Doralyce também expressou sua esperança de que a questão seja resolvida de forma amigável. Até o momento, a Universal Publishing não se pronunciou sobre o assunto.
Nova iniciativa das sociedades nos EUA visa combater reivindicações fraudulentas de direitos e royalties na indústria fonográfica.
As sociedades de gerenciamento de direitos autorais dos Estados Unidos, BMI (Broadcast Music, Inc.) e ASCAP (American Society of Composers, Authors, and Publishers), anunciaram uma iniciativa conjunta para enfrentar os desafios das submissões fraudulentas de músicas no sistema de licenciamento coletivo. Esse novo grupo de trabalho tem como objetivo primordial evitar que indivíduos reivindiquem direitos e royalties indevidos no sistema, garantindo assim uma maior precisão e integridade dos dados na indústria fonográfica.
De acordo com o industriamusical.com, as sociedades estão criando uma equipe multidisciplinar, formada por especialistas em direitos autorais, tecnologia, distribuição, jurídico, negócios e produtos, que trabalhará em conjunto para mitigar e prevenir declarações fraudulentas ou distorcidas, principalmente no registro de obras musicais. A colaboração entre as duas organizações também busca aumentar a conscientização sobre atividades suspeitas e compartilhar melhores práticas com parceiros em todo o mundo.
Espera-se que essa colaboração inspire outras organizações e parceiros em todo o mundo a adotarem medidas semelhantes, promovendo um ambiente mais seguro e confiável para a gestão dos direitos autorais na era digital.
Em cinco processos, a Justiça paulista condenou as principais plataformas de streaming de músicas por não apresentar os devidos nomes dos compositores em canções.
Na última semana, a Justiça paulista emitiu decisões condenatórias contra as principais plataformas de streaming por não divulgar os nomes dos autores das músicas, mencionando apenas os intérpretes. Em cinco processos analisados, as plataformas foram condenadas a atribuir crédito aos compositores e pagar indenizações por danos morais.
Conforme noticiou a Folha de São Paulo, em um dos casos, Didi Gloor, ex-baterista da banda de punk rock Tequila Baby, processou a Apple Music por disponibilizar suas músicas sem mencionar seu nome.
“Não adianta disponibilizar obras na plataforma digital sem preencher toda a parte dos direitos autorais, afinal, sem o compositor, a obra musical sequer existiria.”, disse Didi.
A Justiça condenou a plataforma a pagar R$5.000, acrescido de juros e correção monetária. A Apple Music argumentou que sua responsabilidade se limita à disponibilização das músicas, comparando-se a uma loja de CDs:
“Responsabilizar a Apple Music é um equívoco tão grande quanto exigir uma indenização de uma loja física que comercializa CDs pelas informações que estão no encarte”, afirmou.
A Google Brasil, responsável pelo YouTube Music, também foi condenada a pagar R$5.000 em um processo movido pelo músico Luan Fonseca. Alegou-se que a plataforma disponibilizou 68 de suas canções sem divulgar o crédito dos autores.
“Canções são como filhos para os seus criadores, é inadmissível que, em plena era da informação, somente os intérpretes sejam nomeados”, afirmaram à Justiça os advogados de Luan.
A Google argumentou que o YouTube Music é apenas uma plataforma de disponibilização de músicas e que as fichas técnicas são preenchidas pelos produtores.Na decisão envolvendo a compositora Thaisa Mendes Cardoso, a Deezer Music foi condenada a pagar uma indenização de R$12.000. A juíza Fabiana Ragazzi afirmou que a empresa tem o dever de informar a autoria das obras exploradas comercialmente. A Deezer alegou que as faixas musicais são adquiridas de fornecedores que já as disponibilizam com os créditos atribuídos:”As faixas musicais oferecidas são adquiridas de diversos fornecedores, que já disponibilizam as mídias prontas no serviço de streaming, o que significa dizer que já vêm dos fornecedores com os créditos atribuídos.
“O Spotify foi processado pelo músico Vanderlei Camini, e a plataforma foi condenada a pagar uma indenização de R$20.000. O desembargador Alexandre Marcondes, relator do caso, destacou que as dificuldades de identificação de autoria não podem ser justificativas para o não cumprimento da lei. A plataforma afirmou não ter capacidade para verificar as informações fornecidas e argumentou que exigir isso seria o equivalente a obrigar uma loja a investigar a veracidade das informações presentes nas capas ou encartes dos CDs.
Em segunda instância, a Amazon Music foi condenada a pagar R$26.500 ao compositor Paulo Queiroz, autor de 53 obras disponibilizadas na plataforma sem crédito. A empresa afirmou que as licenciadoras são responsáveis pelas informações prestadas e que não tem como verificar a autoria das milhões de músicas disponíveis.
Essas condenações ressaltam a importância de garantir os direitos autorais dos compositores e a transparência na atribuição de créditos nas plataformas de streaming, colocando a responsabilidade sobre as empresas para informar corretamente os dados dos autores das obras musicais disponibilizadas. As decisões ainda podem ser objeto de recurso por parte das plataformas envolvidas nos processos.
©2023 MCT - Música, Copyright e Tecnologia.
A plataforma de música Deezer revelou uma nova ferramenta tecnológica projetada para identificar músicas que clonam as vozes de cantores utilizando inteligência artificial (IA).
O anúncio foi feito pelo CEO da Deezer, Jeronimo Folgueira, que destacou o objetivo de eliminar conteúdo ilegal e fraudulento, aumentar a transparência e estabelecer um sistema de remuneração justo para artistas profissionais.
Conforme noticiado pela Folha de S. Paulo, a ferramenta de detecção de conteúdo gerado por IA desenvolvida pela Deezer visa principalmente identificar músicas que utilizam “vozes sintéticas de artistas existentes”.
Folgueira ressaltou a importância de estabelecer uma distinção entre os diferentes tipos de criação musical, a fim de desenvolver um modelo de remuneração adequado para os artistas. Com a rápida ascensão da inteligência artificial na indústria da música e na arte em geral, a Deezer afirmou que está comprometida em garantir que a IA seja utilizada de maneira responsável.
De acordo com a Deezer, mais de 100 mil músicas ou criações musicais são adicionadas à plataforma diariamente: “A IA pode ser usada para criar novos conteúdos incríveis e acredito que a IA generativa pode gerar enormes benefícios”, explicou o CEO da plataforma. “Mas precisamos garantir que isso seja feito com responsabilidade”, concluiu.
Foto: Reprodução Deezer