A lei que impede a vinda do maior streaming do mundo ao Brasil

Parece que nem sempre os governos conseguem acompanhar a evolução tecnológica. No Brasil, a Lei de Serviço de Acesso Condicionado (SeAC) está impedindo que o maior serviço de streaming audiovisual no mundo de chegar ao país.

Aprovada pela presidente Dilma Rousseff em 2011, a SeAC tem o intuito de “proteger o mercado da formação de monopólios”, impedindo a “propriedade cruzada” entre as empresas de Tv a cabo. Com isso, as operadoras como a Sky e NET, não podem ter seus próprios canais.

A SeAC tem impactado o setor de várias formas, e agora a lei está bloqueando a chegada no Brasil do maior serviço de streaming audiovisual do mundo, o HBO MAX, da Warner Media.

Segundo o portal Gazeta do Povo, o vice-diretor da Warner Media, Jim Meza, disse que “diante da incerteza regulatória existente no país, o investimento direto não é atraente no momento”. Assim, o Brasil como um dos maiores mercados de streaming do mundo, ficará de fora da lista.

Não é de hoje que a lei tem impactado negativamente o consumo de conteúdo no país. Para se adequar a lei, o Grupo Globo vendeu suas participações da Net. A Fox chegou a ser impedida de transmitir seus canais pela Internet pela Anatel. No fim, a entidade admitiu que a “lei se tornou obsoleta e precisa ser mudada”.

A boa notícia é que já está em tramitação na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática, o projeto de lei para alterar a SeAC. De acordo com o portal, neste ano o senador Vanderlan Cardoso (PP/GO) apresentou o PL 3.832 para alterar a restrição quanto a propriedade cruzada. Para ele a lei “pode impedir maciços investimentos no mercado nacional, asfixiando ou até mesmo barrando negócios benéficos à concorrência e ao mercado de TV por assinatura”.

O Ministério da Economia se manifestou a favor da criação de mudanças na legislação de TV a cabo, a fim para aumentar a  concorrência para o setor. Além disso, o presidente da Anatel, Leonardo de Morais, enviou uma carta ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), solicitando uma revisão sobre as limitações “do controle cruzado entre operadoras de TV paga e programadoras de conteúdo”.

 

Foto: Pixabay

Lady Gaga é acusada por plagiar “Shallow” com base em 3 notas

Um cantor e compositor pouco conhecido chamado Steve Ronsen está ameaçando processar a cantora pop Lady Gaga por violação de direitos autorais pelo hit “Shallow”.

Segundo o Digital Music News, Ronsen está alegando que Gaga copiou em parte sua música postada no SoundCloud em 2012, “Almost”. O compositor afirmou ainda que está investigando se a diva pop realmente infringiu seus direitos autorais. Um musicólogo já avaliou e concordou com a semelhança entre as músicas.

Lady Gaga negou todas as acusações e seu advogado, Orin Snyder, declarou que Ronsen está apenas tentando levar vantagem sobre o sucesso de “Shallow”. Para ele, as afirmações do compositor são “vergonhosas e erradas”. Snyder elogiou Lady Gaga por se defender, assim como outros artistas de sucesso que foram injustamente acusados ​​através de “reivindicações oportunistas”.

A notícia do plágio de “Shallow” veio logo após o caso de outra diva pop ter seu hit acusado por violação de direitos autorais. No início deste mês, um júri considerou que a cantora Katy Perry e seus co-compositores plagiaram o hit “Dark Horse”, de 2013. A cantora terá que pagar cerca de US$2,78 milhões em indenização.

 

Saiu o 3o episódio do FF Podcast! Nesta semana: A empresária @kamillafialho revelou para o nosso time os segredos de suas maiores estratégias que ajudaram o funk a se tornar um fenômeno pop nacional. OUÇA AQUI!

Filtr investe em game para engajar seguidores de suas playlists

As marcas já estão se movimentando com a chegada do Rock in Rio em setembro. Desta vez, a plataforma de entretenimento da Sony Music, o Filtr, criou um programa de fidelidade para engajar os seguidores de suas playlists.

O Filtr Game é um programa de fidelização que através da gamificação dará vantagens aos seguidores das playlists do Filtr. A medida que os seguidores completem as missões diárias, moedas virtuais (Filtr Coins) podem ser acumuladas e trocadas por benefícios.

Nos benefícios do programa, os usuários poderão trocar as moedas por produtos ou benefícios na loja virtual ­ Filtr Store. Durante o evento, também será possível utilizar as moedas acumuladas para escolher músicas na Jukebox no palco Supernova (área da Sony Music no festival). Além disso há outras possibilidades como trocas por combos de bebidas, pins colecionáveis (badges virtuais que poderão ser retirados em suas versões físicas no local) e transfer de ida e volta para o festival.

Segundo o Meio & Mensagem, já está confirmado que outros produtos e benefícios serão incluídos no programa após o término do Rock in Rio 2019.

Atualmente, a Filtr possui mais de 16 milhões de seguidores em suas playlists nos serviços de streaming.

BIG 3: AS MAIORES GRAVADORAS GANHAM QUASE US$1 MILHÃO POR HORA COM STREAMING

Estamos em agosto, e as Big 3  – Universal Music, Sony Music e Warner Music – já publicaram seus resultados financeiros dos últimos três meses (Q2). O portal Music Business Worldwide analisou os principais resultados e indicou tendências para o mercado da música.

De acordo com o portal, as receitas de streaming geraram para as Big 3 US$2,08 bilhões do consumo de streaming de música. Ou seja, foram US$23,13 milhões por dia e quase um milhão de dólares por hora durante o Q2.

Apesar dos números gigantes, as receitas acumuladas de streaming no Q2 sofreram uma queda considerável de 19,1%. De US$877 milhões em 2018 para US$709 milhões em 2019.

A que conclusões podemos chegar após o Q2?

Segundo o MBW, apesar do declínio “relativamente suave” no crescimento das receitas de streaming ano após ano, não há razões para se desesperar, uma vez que as Big 3 ganham juntas US$23,13 milhões por dia com o streaming de música.

Além disso, os executivos já estavam prevendo, inclusive publicamente, uma desaceleração no crescimento da receita global de música gravada, à medida que o crescimento do streaming está sendo acalmado.

É possível prever também  que em breve veremos problemas em determinados serviços globais de streaming – incluindo o Spotify, Apple Music, a Amazon Music. “A desaceleração do crescimento de 2019 não se torna um problema perene”, afirmou o MBW.

No primeiro semestre deste ano, as receitas do Spotify ficaram em US$3,59 bilhões, com alta de US$890 milhões.  Enquanto as receitas do serviço de streaming estão crescendo, as das grandes gravadoras está começando a desacelerar.

Neste momento, pode ser que a Warner Music Group e a Universal Music Group, estejam mais flexíveis com relação aos novos contratos globais de licenciamento que podem ser concluídos nas próximas semanas.

Foto: Music Business Worldwide

Guta Braga do MCT, Fábio Silveira, Agência Milk e U.Got se juntaram para criar o Forward Podcast! A cada semana um novo episódio sobre os principais temas do mercado da música! OUÇA AQUI!

Fast Forward Podcast chega para desmistificar o mercado da música

Hoje temos uma grande novidade! O Fast Forward, um novo podcast criado para desmistificar o mercado da música.

O FF Podcast conta com a participação do Editor-Chefe Fábio Silveira, profissional do mercado com experiência de 12 anos passando por gravadoras, distribuidoras e consultorias; Guta Braga, a criadora do Música, Copyright e Tecnologia; o fundador da Milk Bruno Costa e U.Got, artista, produtor musical e sócio do U.Got Studio.

Toda semana sai um novo episódio sobre os principais temas do mercado da música. Já estão disponíveis dois episódios desta temporada.

No primeiro episódio ,”Tops, paradas e charts”, teve a participação de Alex Schiavo, Managing Director da Altafonte Brasil, uma das principais distribuidoras digitais do América Latina, Portugal e Espanha. Para ouvir, CLIQUE AQUI

O Segundo episódio, “A era do feat”, contou com a participação de Tati Cantinho, diretora artística da Som Livre. Para ouvir,  CLIQUE AQUI

Se você acompanha o nosso blog, com certeza vai lembrar de várias notícias que já passaram por aqui. Então, resolvemos deixar tudo na seção “FF Podcast” para você se aprofundar ainda mais sobre os assuntos!

A nova estratégia de Anitta para fisgar os algoritmos

O portal Popline publicou uma matéria muito interessante sobre uma possível nova estratégia que a cantora está fazendo para que suas músicas sejam fisgadas pelos algoritmos.

Anitta lançou recentemente três novas canções: “Make It Hot”, “Muito Calor” e “Fuego”. A similaridade dos significados dos títulos não é por acaso. Para o portal, a estratégia é lançar músicas com nomes parecidos para que sejam sugeridas pelos algoritmos a cada vez que uma delas for adicionada a uma playlist.

A estratégia parece ser uma daquelas “fórmulas de sucesso” do tipo produzir músicas de apenas três minutos de duração. O interesse é “seduzir os algoritmos” para alcançar o público de forma orgânica.

Por terem títulos diferentes, mas significados parecidos, a cantora parece querer que suas músicas se aproximem do idioma nativo de seu ouvinte. O inglês, o espanhol e o português são os idiomas mais ouvidos no mundo e por isso só aumentam as chances de Anitta se tornar uma grande estrela global. Não é a toa que as parcerias das músicas são com artistas que possuem milhões de inscritos do Youtube: Major Lazer (12 milhões); DJ Snake (15 milhões) e Ozuna (25 milhões).

“A soma e influência dos três projetos no mercado global vai garantir a voz da brasileira ecoada em milhares de sets, shows, baladas e… playlists!”, analisa o portal.

Os algoritmos nas plataformas de streaming são os grandes responsáveis por influenciar o que o usuário consome. Portanto, ao tocar uma das músicas, as chances de que outra faixa entre para o modo aleatório em uma lista de reprodução aumentam e com isso, a cantora pode conquistar mais públicos.

Segundo o portal, a cantora vem construindo sua carreira internacional há dois anos e sua marca é sempre acompanhar as tendências do mercado. Com muitas parcerias, músicas com pegadas latinas e o lançamento de um álbum visual, Anitta conquistou um espaço no novo álbum da Madonna, Madame X.

Em parceria com o Música e Negócios, o MCT está sorteando em nosso Instagram uma BOLSA NTEGRAL do melhor curso de #MUSICBUSINESS do Rio de Janeiro!  Siga as regras e participe! É uma grande oportunidade para se capacitar no mercado da música.

Graças ao Kraftwerk, ‘sample’ de música precisará de autorização prévia

Nesta semana, a banda alemã Kraftwerk, “pioneira da música eletrônica”, saiu vitoriosa em um caso envolvendo questões direitos autorais e sample.

Segundo as informações do GLOBO, a banda Kraftwerk alegou que os produtores Moses Pelham e Martin Haas, usaram um sample de alguns segundos de sua música “Metall auf Metall”, em um rap do alemão Sabrina Setlur (“Nur Mir”).

O processo aberto desde 1999, favoreceu a banda por determinação de um tribunal europeu que concluiu que a reprodução de um sample de uma gravação deve ser autorizada previamente pelo produtor original.

A corte determinou ainda que “o uso de um sample modificado que não fosse reconhecível como o original poderia ser usado sem permissão, seguindo regras de “liberdade artística”, informou o portal.

Para o Financial Times, a decisão do Tribunal Europeu deve ter grande impacto no setor, pois cria uma base para que detentores de direitos autorais não permitam o uso sem autorização de trechos de suas gravações.

“Poderemos ver uma diferença no processo criativo musical, em especial em gêneros como hip hop, que usam muito o recurso do sample “, analisou Raffaella de Santis, associada do escritório de advocacia Harbottle & Lewis para o FT.

O Kraftwerk é considerada como a banda mais “sampleada” do mundo, com 736 trechos usados em outras obras, autorizadas ou não.

Foto: Foto: Jeff Mitchell / Reuters

Em parceria com o Música e Negócios, o MCT está sorteando em nosso Instagram uma BOLSA NTEGRAL do melhor curso de #MUSICBUSINESS do Rio de Janeiro!  Siga as regras e participe! É uma grande oportunidade para se capacitar no mercado da música.

Sony pode faturar US$5 bilhões por ano com unificação de sua gravadora e editora.

A Sony Corp anunciou ontem (17), que suas unidades de gravação e publicação serão unificadas.

A consolidação entrará em vigor no dia 1º de agosto. Foram duas décadas em que as gravadoras (Sony Music) e editoras (Sony/ATV) da Sony operaram com separação estrita. Apenas a Sony Music Entertainment Japan, não entrará na mudança.

Segundo o Music Business Worldwide, as duas empresas continuarão a operar de forma  independente.  Entretanto, Jon Platt, líder da Sony/ATV, deverá se reportar a Rob Stringer, CEO da Sony Music. A mudança faz todo o sentido e alinha a estrutura organizacional da Sony Music com as grandes gravadoras.

O Presidente e CEO da Sony Corporation, Kenichiro Yoshida, emitiu um comunicado para todos os funcionários hoje:

“O objetivo deste novo grupo é fortalecer e solidificar ainda mais a posição da Sony como líder na indústria da música e criar um novo valor para a empresa”, afirmou Yoshida. “Esta unificação nos ajudará a promover um nível mais alto de colaboração entre nossos negócios de música gravada e publicação de música, respeitando e mantendo a independência e a cultura única de cada organização.”, continuou.

A medida segue uma série de aquisições e fusões da empresa. No ano passado, a Sony assumiu a propriedade total da EMI Music Publishing por US$4,75 bilhões. A aquisição incluiu a Mubadala Investment Company e a propriedade do catálogo de Michael Jackson.

O MBW prevê que a reestruturação gere mais de US$5 bilhões por ano para a Sony, beneficiando uma “abordagem persuasiva” e “conjunta” no mercado global.

 [Foto: Beyoncé, que assinou acordos com Jon Platt (publicação) e Rob Stringer (discos) no passado.]

Acompanhe o nosso blog também pelo Instagram! Siga nossa página @mct.mus

Paula Toller processa o PT e pede R$200 mil de indenização

A cantora Paula Toller, do kid Abelha, está processando o PT por uso indevido de imagem e obra.

Segundo o portal Uol, a cantora pediu ao  partido que parasse de usar a canção “Pintura Íntima”, nas campanhas por ativistas pró-Fernando Haddad. Entretando, seu pedido não foi atendido.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) favoreceu a ação para Toller, que pediu R$200 mil de indenização. O órgão retirou todos os vídeos das redes sociais.

Na propaganda, Jorge Israel, um dos integrantes da banda, aparecia tocando saxofone. Em seguida, a voz da cantora ao fundo pronunciava: “fazer amor de madrugada, amor com jeito de virada”.

“A despeito de a propaganda fazer menção a candidato ao cargo de Presidente da República a ilegalidade da utilização de imagem alheia sem sua prévia permissão caracteriza a ilicitude da conduta permitindo a atuação da equipe de fiscalização de propaganda eleitoral”, afirmou a decisão do juiz Mauro Nicolau Junior.

“Se por um lado é fato que a utilização indevida de imagem de pessoa pública gera direito a indenização, por outro não é menos verdade que o exercício do poder de polícia do juiz eleitoral pode e deve ser instrumento eficaz a fazer cessar a propaganda irregular e ilegal.”, continuou.

Confira: Duas novas vagas em nosso post de Oportunidades na Indústria da Música. Apoie nosso blog também pelo Instagram: @mct.mus

Foto: Divulgação

ROCINANTE: NOVA GRAVADORA QUER INVESTIR EM FABRICAÇÃO DE DISCOS

O portal da revista Época falou sobre a Rocinante, uma nova gravadora do mercado musical que visa investir em fabricação de discos e oferecer espaço a novos artistas.

A Rocinante foi lançada no ano passado pelo músico e poeta, Sylvio Fraga, e seu sócio Pepê Monnerat. Desde então, seu catálogo vem sido construído com artistas como a Orkestra Rumpilezz e Thiago Amud, “compositor louvado por nomes como Caetano Veloso”.

A gravadora pretende iniciar no fim deste ano a fabricação de vinis. De acordo com o portal, a capacidade de produção será de 1.600 discos por dia. Vale lembrar que atualmente no Brasil, há apenas a Polysom e a Vinil em operação.

O objetivo da gravadora é ser um empreendimento autossustentável, com poucos lançamentos por ano, apenas nos formatos digital e vinil: “Nossa ideia é gravar só o que queremos, sem pensar em mercado. São discos que queremos que existam”, disse Fraga, diretor artístico da gravadora.

“O que financia o negócio é nosso estúdio (em Araras, Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro ) e a fábrica (a ser instalada num galpão em Petrópolis ). Não é sonho de doidão apaixonado. Eu e Pepê somos economistas, fizemos contas. Tenho certeza de que existe uma demanda, por isso investimos. Nossas prensas, produzidas na Alemanha, estão entre o que há de melhor no mercado mundial hoje. A Rocinante é nosso projeto de vida, portanto acreditamos na capacidade de gerar lucro. Não teríamos como manter por anos algo sangrando dinheiro.”, continuou o diretor.

“Queremos dar atenção total ao disco, desde o microfone usado em cada gravação até o fim da masterização. Com a Oskestra Rumpilezz, tínhamos 21 músicos tocando juntos. Nós nos equipamos para que não houvesse uma única coisa que não fosse maravilhosa. Incluindo pegar microfones emprestados de amigos que têm estúdio, para garantir que todos os instrumentos tivessem a captação perfeita.”, explicou Fraga.

Fraga defendeu que a proposta é trabalhar com artistas que não são o óbvio do mercado e destacar a arte brasileira. Uma atitude mais que necessária perante o fim do Ministério da Cultura, ataques à classe artística e ao financiamento cultural, como a Lei Rouanet: “Eles conseguem atrapalhar a produção de cultura no Brasil, mas não vão vencer”.

Foto:  Leo Martins / Agência O Globo